terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ser adulto


O tema inicial sugerido pela interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta não poderia ser mais oportuno, posto que trabalho com EJA: afinal, o que é ser adulto? Quais as facetas de um adulto? E como o adulto aprende?

Fiz uma pequena pesquisa na Internet a respeito e percebi que há conceitos diferenciados do que significa ser um sujeito adulto. À luz da lei é aquele que já pode assinar um contrato. E à luz da biologia? E da psicologia? E do senso comum?

Também podemos nos defrontar com etapas e rituais distintos que celebram a entrada na vida adulta. Para ficar apenas em duas culturas, no Japão existe uma cerimônia pública com a presença de autoridades, a fim de marcar a passagem da adolescência para a fase seguinte, o que ocorre aos vinte anos, a qual transcorre com discursos e cumprimentos. Já em algumas regiões da África, aos 13 anos se celebra a entrada na vida adulta quando meninos enfrentam testes de bravura. Amarrados pelos pés, deixam-se cair rumo ao solo, sendo puxados instantes antes de uma fatalidade pelo efeito elástico do material utilizado como corda. Quem passa pelo teste, é considerado adulto.

Impossível não pensar, de volta ao Brasil, que ser adulto deveria trazer consigo uma postura diferenciada, digamos, próprias de quem deixou a adolescência, quais sejam: responsabilidade pelos seus atos e pelos sentimentos alheios; perseverança frente aos desafios cotidianos; ética nas relações inter-pessoais; honestidade em toda e qualquer situação, ... Isso sem esquecer daquelas atitudes que, mesmo quando crianças, devemos impregnar em nossa conduta:

1. Não jogar papel no chão;

2. Não cuspir em público;

3. Não falar alto em locais públicos;

4. Atender ao celular em um ônibus somente quando imprescindível, sendo breve;

5. Não fumar próximo de outras pessoas, exceto se as mesmas forem fumantes;

6. Jamais furar uma fila;

7. Olhar nos olhos de quem nos atende (garçom, balconista, caixa,...), pois eles são seres humanos também, não máquinas;

8. Tratar com respeito todas as criaturas, principalmente as indefesas;

9. Lembrar que nao existe JOGAR FORA quando o assunto é lixo, pois não há FORA em nosso Planeta;

10. Não discutir, apenas dialogar, sobre religião, preferências partidárias e gostos em geral;

11. Não se considerar um ser supremo, a pedra lapidada por excelência da criação. Pelo contrário, manter-se em posição humilde em seu dia-a-dia;

12. Ser sereno.

Seríamos MADUROS, não somente adultos, ao incorporar princípios de convivência que respeitem a todos, humanos ou não. E, a fim de concluir pontos que tenho como imprescindíveis na vida adulta, lembro que não devemos deixar de ver graça e diversão em balões e pandorgas jamais... ou você já esqueceu a ilustração no inicio desta postagem?

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