segunda-feira, 30 de novembro de 2009

* Arquiteturas Pedagógicas *

A convergência de diversas mídias em uma sala de aula encanta alunos e professores, desde que bem utilizada. Com relação à utilização de computadores, data show, dvd, entre outros recursos, na semana que passou tive uma experiência que está fadada a ser marcante em minha caminhada no magistério.
O assunto da aula era "fontes de energia", algo que pode ser bastante abstrato para um aluno do 4º ano. Portanto, decidi que aquela seria uma aula significativa e inesquecível para os alunos, sem saber que o seria igualmente para mim.
O ambiente: sala de informática da Escola.
Situação: no dia anterior a esta aula, constatei que não havia acesso à internet, exceto em um computador. Como se fosse ruim o suficiente, pude perceber que as máquinas estavam, praticamente todas, com algum problema que acabaria comprometendo o trabalho.
Solução: salvar as páginas que seriam visitadas em uma mídia removível, caso o único computador com internet sofresse uma pane, levando o meu próprio notebook. Resrvar o equipamento de data show, a fim de projetar no telão as imagens a que os alunos teriam acesso nos computadores individuais, caso funcionassem.
Material para a aula:
a) Folhas A4 com desenhos para colorir das fontes de energia que iríamos estudar: eólica, solar, hidrelétrica, vapor, nuclear, entre outras.
b) Equipamento de data show, telão, computador com acesso a web.
c) Caixa de som para que todos ouvissem com clareza a locução dos vídeos.
d) Material de pintura.
Assim, aquela turminha de 4º ano foi encaminhada para a sala refrigerada dos computadores. Como fazia 32ºC naquela tarde, apenas ir para um ambiente climatizado já deixou-os com pré-disposição para o trabalho.
Olhando para os desenhos na folha A4, alguns alunos tinham vez e voz para dizer do que se tratava, pois alguns arriscavam hipóteses, outros já tinham algum conhecimento a respeito. O que eles não esperavam era assistir a vários pequenos vídeos, todos feitos para o público infantil, sobre cada uma das fontes de energia. A reação foi além das expectativas. Ao final de cada vídeo, falas como "agora eu entendi como funciona" eram deliciosas palavras aos ouvidos do professor.
Que educador não deseja que seus alunos sintam-se encantados por sua proposta de trabalho e que realmente demonstrem compreensão do tema estudado?
Como se já não estivesse bom o suficiente, eis que um aluno sugere que fizéssemos cataventos. "Faz muito tempo que eu não brinco de catavento", disse-nos ele. A ideia contagiou a todos. Imediatamente, solicitei que algum colega nos mostrasse como fazer um cata-vento; ninguém sabia. Arrisquei uma alternativa: "o que vocês acham de procurarmos na internet um vídeo que explique como se faz um catavento?" E mais uma vez a excitação tomou conta daquelas crianças.
Foi uma aula bastante simplória, sem qualquer momento que merecesse uma linha neste blog, talvez. Contudo, foi tão significativa para eles e para mim que eu não poderia deixar de compartilhar com quem me visita virtualmente aquele momento.

2 comentários:

Tatiani Roland disse...

Querido colega Paulo, sou Tatiani Roland, do Pólo de Alvorada. Trabalho com Educação Ambiental e não queria passar por sua experiência sem deixar registrado minha alegria com sua atividade. Quisera os professores serem mais sensíveis aos conteúdos relacionados com a energia, por exemplo, pois claramente estaríamos dando significado aos apelos de economia que o mundo precisa fazer.
Também quero lhe informar que escolhi seu blog para analisar em meu Portfólio. Gosto da maneira como produz suas ideias e as registra. Lhe enviarei a parte da análise sobre seu material para que possas apreciar, mais adiante.
Um grande abraço.
Tatiani Roland

Paulo disse...

Olá Tatiani, tudo bem?

Sinto-me honrado com tuas palavras.

Aguardarei tua análise.

Um abraço.