segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Jogos Cooperativos


Esta semana iniciei participando de um oficina de jogos cooperativos. Ao contrário dos jogos competitivos, os quais sempre objetivam eliminar adversários, estes reservam espaço para todos, respeitando as diferenças inerentes a cada ser humano.

A certa altura do encontro, promovido pela SMED de Gravataí, senti-me tão à vontade (reflexo da própria cooperação) que pedi o microfone e coloquei-me a refletir em voz alta:

"Em nossa sociedade temos tanto a competição quanto a cooperação e não estamos aqui para enaltecer a segunda expurgando a primeira, pois seria um mero exercício de retórica. Acredito que devamos pensar que há diferenças sutis entre atividades competitivas e cooperativas. Parece-me que faz parte da competição que os fins justifiquem os meios, pois sob a égide de um ambiente competitivo importa o produto final, e este deve ser o melhor possível, de qualidade, superando a tudo que já tenha sido pensado anteriormente. Num ambiente de cooperação, a qualidade está nas relações de trabalho, no processo de criação de um produto (ou jogo, atividade, diálogo, etc), assim como no artigo final. Entretanto, aqui os fins somente justificam os meios se estes forem éticos e inclusivos. Num processo cooperativo não há espaço para a exclusão."

Enfim, uma oficina de jogos provocou-me uma gama de reflexões acerca da inclusão de todos a meu redor em uma sala de aula. Quais os momentos em uma sala de aula que estão a estigmatizar alunos ou, pelo contrário, a promovê-los por meio do seu melhor? A ludicidade no cotidiano, usando de jogos cooperativos, certamente tornará mais evidente que existe espaço para todos entre quatro paredes de uma sala de aula formal.

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