segunda-feira, 20 de abril de 2009

Raças e etnias


Esta semana que passou foi de muitas descobertas no que tange raças e etnias. Trabalhando com alunos do 4º ano, em uma turma que abrange criança dos 9 (nove) aos 14 (catorze) anos, pode-se imaginar a diversidade presente. E eis que trabalhamos ao longo da semana dois assuntos bastante controversos em qualquer grupo: etnia e raça. Os alunos, ao final do trabalho, construíram seus próprios conceitos de raça e etnia.

Para eles, etnia são “as origens de cada um, de que povo a gente vem, nossa língua e cultura”. Já o conceito de raça foi construído sobre a cor da pele, principalmente. Ainda segundo os alunos, através “do casamento pode acontecer a mistura de raças. Um índio pode casar com um negro.” 

É de inquestionável importância que os alunos comecem a pensar que somos todos o resultado de diferentes etnias e raças, ainda que humanos. Somos iguais? Sim, mas quantas de quantas diferenças resultamos, quantas nuances somamos!

No webfólio da interdisciplina sobre Questões Étnico-Raciais já toda uma descrição de uma atividade, inclusive com imagens, através da qual tais conceitos foram construídos.

Resumidamente, assim se deu o trabalho:

O ponto de partida do trabalho do mosaico foi uma pesquisa, com os alunos, das origens da Páscoa, pois percebi que não havia entre eles uma clara exatidão histórica. Da pesquisa, resultou um breve estudo dos povos judeus, egípcios, entre outros. 

Pesquisamos como diferentes povos comemoram a Páscoa. Neste momento, cada aluno tratou de inquirir junto as suas famílias acerca das próprias origens. Na aula seguinte, dispunham de informações como "descendo de portugueses e italianos e, por isso, tenho a pele branca e os cabelos castanho-claros". Nesse ínterim, cada aluno colocou alguns dados seus no que chamamos de mapa das etnias e raças: pouco mais do que o nome de cada um, seguido de informações que apurou junto a seus familiares.

 Na aula seguinte, utilizamos um grande espelho que é da aula de educação física. Neste os alunos podiam se olhar e descobrir detalhes sobre si memsos:

a) Qual a cor dos meus olhos?
b) Qual a cor dos meus cabelos?

c) Que lápis de cor é parecido com minha pele?

Particularmente achei fantástico que, a partir daquele momento, estava decretado pelos alunos, que o lápis de cor salmon deixara de ser sinônimo de lápis “cor de pele”, mesmo entre pessoas de raça negra.

Em uma folha de ofício os alunos deviam desenhar a si mesmos, respeitando as características estudadas – cor da pele, cabelo, olhos, etc, descrevendo-as em alguns balões semelhantes àqueles usados em historias em quadrinhos. Eu próprio fiz o mesmo trabalho o que agradou muito aos alunos.

O resultado evidente é que os alunos conhecem bem mais a respeito de sua história, pois buscaram por suas origens junto a seus familiares, refletiram quanto às diferentes culturas quês estudamos e, igualmente, segundo verbalizou uma menina de 9 anos, “a gente nota como tem gente deferente no mundo.”


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