domingo, 26 de outubro de 2008

Muitas aprendizagens na semana


Na imagem acima, nossa equipe - Marta, Paulo, Marinês, Lígia e Nara - é abduzida por um OVNI. Ainda que não tenhamos tal intenção, deixamos-nos levar pelo assunto escolhido, atentando para filmes, relatos, documentários, revistas, etc, que pudessem embasar mais e em profundidade nosso objeto de pesquisa. Nosso wiki já está quase concluído, mas como este é um tema que não se esgota, estamos permanentemente com a impressão de que falta algo por comentar, a elucidar.

Mas esta semana foi cheia de novidades: aprender a fazer mapas conceituais com o CMaps certamente foi a maior delas.

Até então eu imaginara intuir o porquê de um mapa conceitual, pois pensava que o mesmo prestava-se apenas para ilustrar o final de um processo. Contudo, agora vejo que o mapa é, na verdade, um momento de reflexão, posto que a medida que o mesmo vai sendo construído, novas conjecturas tem vez em nosso pensar.

Outro momento extremamente valorozo foi a aula presencial. A bem da verdade, um momento em especial de nosso encontro: quando os grupos puderam sentar-se para uma auto-avaliação. Este momento proporcionou um resgate da caminhada de cada grupo até aquele momento. Sentei-me com minhas colegas do Projeto Ovni e reavaliamos cada etapa de nosso processo de contrução do projeto de aprendizagem. Ao avaliarmos o comprometimento de cada integrante do grupo para com o trabalho e o modo como ocorre nossa interação virtual - Google Talk e MSN - nos dias e horários que julgamos necessários, percebemos que crescemos muito em matéria de trabalho em grupo. Principalmente porque ficou claro que nenhum dos integrantes de nossa equipe assume a responsabilidade pelo trabalho sozinho.

domingo, 19 de outubro de 2008

Toda a Escola Tem Uma História Para Contar








Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, das 8:30 às 17:30, participei do curso de formação oferecido pela UNESCO, MINC e Museu da Pessoa, o qual ocorreu em Porto Alegre, na Escola Técnica da UFRGS.

Ao longo destes três dias do lançamento da "Campanha Toda Escola Tem Uma História Para Contar", pude vivenciar a importância de contarmos nossa história. Occore que o título pode dar a entender que se está a contar a história de uma instituição de ensino pelo viés patrimonial. Contudo, ficou claro desde o primeiro momento que cada ser humano é a escola, e não apenas um transeunte em suas dependências estruturais. E como escola, nossas histórias são a sua história.

"A história de vida de uma pessoa é valiosa e merece ser preservada e socializada." (Caderno de formação, página 6) Para tanto, vivenciamos a Roda de Histórias, o Círculo de Histórias (a denominação é semelhante, mas a metodologia e os objetivos mudam), o varal, a edição, a publicação, a gravação em áudio e vídeo, além dos possíveis produtos a ser confeccionados para a divulgação de nossa história.

Além de aprendermos a trabalhar com novas ferramentas, delineamos um plano de ação, o qual será colocado em prática primeiramente nas escolas que se fizeram presentes. No caso de Gravataí, também a SMED apoiará esta iniciativa das cinco escolas de nossa rede que ali estiveram representadas. As rodas de histórias já iniciam nesta semana na Escola, com minhas turmas de EJA. Assim que as produções dos alunos estiverem na rede, compartilharei com vocês.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

GRUPO 12 - Projeto de Aprendizagem - OVNI
















O grupo 12, o qual está a desenvolver o Projeto OVNI - http://projetoovni.pbwiki.com - reuniu-se na noite de terça-feira para discutir acerca do trabalho até aqui desenvolvido.

Nossa metodologia inicial de trabalho foi verificar, em cada uma das páginas criadas dentro do projeto, as anotações postadas pela professora Daniela. Como em tais anotações a professora deixou “pistas” para uma melhora geral em nossas postagens, fomos seguindo suas orientações. Um exemplo, entre outros que seriam possíveis, de orientação clara e extremamente preciosa foi-nos deixado na página sobre filmes que tratam do tema. Havíamos disponibilizado uma lista de filmes, seguidos de resenhas, sobre OVNIs, vida extraterrestre, abdução por aliens, entre outros assuntos ligados ao nosso tema central – vida fora da Terra. A professora perguntou-nos se não seria interessante inserirmos um vídeo para cada obra, assim como o link para o seu site na rede. Sugestão acatada, vimos nossa página de filmes crescer, ganhar em qualidade e tornar-se bem mais atrativa, rica, informativa e envolvente. Isso nos mostra o quão importante é ser bem orientado em um trabalho, fazendo-nos refletir a respeito da necessidade de mesma atenção para com nossos alunos.

Com um assunto tão controverso, a envolver diferentes valores e implicações, desde o início tomamos todo o cuidado para evitar a especulação fácil. Entretanto, não hesitamos em abrir espaço para possíveis registros de OVNIs na Bíblia ou para registros em vídeo apregoados à Força Aérea Mexicana. Aliás, decidimos ontem mesmo que vamos empregar estas duas semanas que nos restam de pesquisas para, entre outras demandas, inteirarmo-nos quanto ao elo entre determinadas obras de arte e objetos voadores não identificados. Alguns apregoados links, porém, tivemos que deixar de lado – pirâmides do Egito, Ilha de Páscoa, Stonehange, o triângulo das Bermudas, Atlântida – pois certamente não conseguiríamos dar conta de tanta informação, dado o tempo exíguo.

Neste ínterim, um insight bastante positivo tomou conta de nossas conjecturas: não é objetivo da interdisciplina que esgotemos, neste projeto, todas as vertentes do tema escolhido. Percebemos que a linha de trabalho adotada, o cuidado em selecionar o que é viável, pertinente e de fonte confiável, talvez seja mais importante do que simplesmente alcançar todas as direções que qualquer tema de projeto poderia tomar.

Ao iniciar nosso mapa conceitual, intuimos que não chegaremos a conclusões; no máximo, lançaremos hipóteses sobre a possibilidade de vida fora da Terra. Rimos de tamanha pretensão, se a nutríssemos, posto que nem os mais renomados cientistas chegaram a um consenso, através de provas irrefutáveis.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O cotidiano e a teoria caminham juntos...


Exatamente uma semana ausente do portfólio - foi o tempo necessário para perceber que a teoria caminha de braços dados com o cotidiano familiar. Refiro-me ao trabalho de Psicologia da Vida Adulta sobre Depressão e a um momento bastante delicado que vêm bater à porta de nossa família, digo, da minha própria família: estou com um ente querido em estado de depressão severa.


É muito fácil (e prático), porém irresponsável e cruel, exasperar-se com alguém que se encontra deprimido. É muito melhor estarmos ao lado daquela pessoa que nos faz sorrir, com a qual podemos passar horas e horas de uma troca agradável de idéias saudáveis acerca dos mais diversos assuntos. Definitivamente, não ocorre o mesmo quando essa mesma pessoa deixa de sorrir, adquirindo um semblante vago, um olhar sem qualquer brilho, exceto aquele das lágrimas que insistem em retornar a todo instante.


O trabalho de Psicologia tem-me estimulado a ler muito a respeito dos sintomas, causas, e tratamento da depressão. E duas são as imagens que me vem ao pensamento quando o assunto é depressão: a pessoa de Van Gogh e o quadro de Much - O Grito. A obra que ilustra esta postagem simboliza a angústia e o desespero existencial ao pôr-do-sol. Para o paciente de depressão (eu prefiro o termo "vítima de depressão"), a vida parece estar agarrada a seu próprio ocaso, como se uma permanente sensação de ruptura estivesse presente nos momentos de alguma lucidez, mais raros na medida em que a doença se agrava.


De acordo com o Houaiss, depressão é um "estado de desencorajamento, de perda de interesse, que sobrevém, p.ex., após perdas, decepções, fracassos, estresse físico e/ou psíquico, no momento em que o indivíduo toma consciência do sofrimento ou da solidão em que se encontra."

A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente de apenas sentir-se bem ou mal ou, como comumente ouvimos, experimentar um "alto ou baixo astral": é uma doença e, como tal, exige tratamento. Ela altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.

Tudo isso vira "de cabeça para baixo" o cotidiano de uma família com uma vítima de tão terrível doença. Algumas pessoas dizem que têm seus próprios afazeres, outras que apenas não sabem o que fazer,... e raros são aqueles que se dispõem a permanecer próximo de quem, exatamente neste triste momento de sua vida, mais precisa de compreensão, de apoio e de uma aparente eterna paciência, de tato,... enfim, de amor.

Neste instante, minha maior aprendizagem tem sido tanto reorganizar meu dia-a-dia em função de uma demanda com a qual eu não contava quanto interagir com o mesmo zelo que dispensaria a esta pessoa, caso ela tivesse condições de me oferecer mais do que um olhar que suplica por qualquer coisa, exceto indiferença.

domingo, 5 de outubro de 2008

Reflexões


Reflexões sobre o educar from Paulo Medeiros on Vimeo.

Todos nós fazemos muitas leituras DO e NO cotidiano. As reflexões a partir de nossa trajetória profissional e pessoal, assim como por meio dos teóricos que nos são indicados e/ou apreciamos, inevitavelmente vão agregando valor as nossas intervenções pegagógicas.

Já comentei neste mesmo portfólio acerca do filme Os Escritores da Liberdade, mas até o momento não mencionara outra grande obra da sétima arte, certamente assistida por todos em nosso PEAD: Sociedade dos Poetas Mortos. Ao pensar sobre as produções, pude perceber o quão diferentes são suas instituições, seus alunos e professores. Ao uní-las em um mesmo vídeo, isso me pareceu ainda mais evidente. Entretanto, há um fio condutor a ligar todos os elementos envolvidos nos dois filmes e entre si: a possibilidade de superação das dificuldades pessoais por meio da desacomodação. E acredito firmemente que seja esta nossa maior missão: acender pontos de luz interior em nossos alunos, de forma que se desacomodem, caminhando por si mesmos, desatrelados da vontade (ou falta de vontade) alheia.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Como Elaborar Uma Apresentação oral

Professor José Roberto Iglesias

Na tarde de 30 de setembro, o professor do instituto de Física da UFRGS, José Roberto Iglesias, presenteou aos alunos da Universidade com uma esclarecedora palestra – Como Elaborar Uma Apresentação Oral. Estive presente ao seminário temático e registro neste breve texto algumas orientações bastante significativas para os workshops que ocorrem nos finais de cada semestre. Convido a todos que lerem a deixar suas sugestões, ou seja, suas dicas para as apresentações de seus colegas. Eu particularmente, prefiro que os slides de Power Point tenham fundos discretos e de cores mais escuras. O professor Iglesias sugere fundos claros, mas deixou explícito que isso é uma preferência sua, bastante pessoal.
No texto abaixo, procurei ser fiel ao que foi dito pelo professor, mas me permiti acrescentar, por exemplo, que na hora de animar os slides do Power Point devamos evitar os “barulhinhos” que seguem cada movimento na tela. Como é uma constatação pessoal, de que passados os primeiros minutos estes sons se tornam irritantes, permiti-me sugerir sua supressão. Cada colega, tutor ou professor teria suas dicas. Que tal compartilharmos? Para tanto, favor utilizar o campo para comentários. Meu objetivo é reuni-los em uma única postagem e encaminhar para todos os colegas antes do próximo workshop.
Mas vamos às conclusões quanto as orientações do professor...

Quando se faz um trabalho de pesquisa, chegando este trabalho a algum resultado, ele ainda não está concluído até ser apresentado, seja de forma escrita – artigo, livro, pôster, painel, etc – ou por meio de uma exposição oral. A exposição oral é composta basicamente de projeção de imagens em uma tela ou pela utilização de cartazes (parte audiovisual) além da parte falada propriamente dita.

Mas como fazemos para que esta apresentação consiga tanto transmitir o resultado de nossas pesquisas em um tempo exíguo, quanto atrair a atenção daqueles que porventura estejam nos assistindo?

Em um curto espaço de tempo, é necessário oferecer uma condensação do assunto do trabalho de pesquisa, assim como a motivação deste trabalho – porque escolhi determinado tema – sem esquecer os referenciais teóricos. Obviamente, é imprescindível comunicar o resultado da pesquisa, assim como fechar a apresentação com as conclusões a que se chegou através da mesma. Importante: se a pesquisa já foi desenvolvida anteriormente por outro pesquisador, é importante destacar os resultados por esse obtidos.

Como se trata de uma apresentação, faz-se necessário estar preparado para perguntas que porventura venham a ser feitas. Aquele que apresenta pode induzir determinados questionamentos – o que não o dispensa de estar preparado para outros pontos a ponderar – apenas fazendo com que a banca e a audiência percebam certas provocações para tanto. Uma dica é fazer uma afirmação que suscitará uma pergunta posterior ou, ainda, não se aprofundar em um determinado dado apresentado em seu tempo para a exposição, o que fará com que no momento para as discussões ele seja evidenciado.

Antes de considerarmos a apresentação em si, foquemos primeiramente naquele que irá apresentar-se. Fica a questão: qual uma postura adequada para uma apresentação oral?

Dois aspectos podem ser destacados: a presença física e a fala usada na apresentação.

A primeira impressão: a apresentação pessoal não pode ser desleixada ou seu oposto exagerado, quando o esmero no vestir-se chama mais atenção à roupa que ao discurso. Não confundamos excesso de esmero com o saudável capricho. O que é positivo recordar é que não se está em uma “semana da moda” quando um aluno se apresenta para professores e colegas. Do mesmo modo, com respeito ao desleixo, este induz o público a pensar que estamos a tratar o momento com igual descaso, ou seja, que representa muito pouco na nossa trajetória acadêmica e pessoal. Se o próprio autor não valoriza o momento, por que os outros o fariam por ele?

O segundo aspecto é a linguagem: evitar a linguagem coloquial ou com gírias é altamente recomendável. Contudo, utilizar um vocabulário extremamente hermético não causará uma boa impressão. Ser natural, utilizando uma linguagem adequada ao tema e do entendimento dos presentes, certamente é o caminho para que a comunicação se efetive.

Particularmente, não deixaria de destacar, ainda a respeito da linguagem, a importância de se evitar vícios ao final das frases, tais como “né” ou “entende?”, posto que o primeiro é bastante irritante, enquanto o segundo subestima as pessoas que o ouvem, além do que a obrigação de se fazer entender é do aluno. Contudo, não só ao final de frases aparecem estes vícios; as expressões “então” e, mais recentemente, “olha só”, são utilizadas inadvertidamente na linguagem cotidiana que se dá entre certos amigos, mas deve-se deixá-las exclusivamente para o trato com seus pares.

Tendo deixado claro a importância do cuidado na postura e na fala, consideremos uma apresentação com recursos visuais para fins deste texto. Nesta, a primeira transparência, slide ou cartaz, necessariamente deve conter um título. Este título deve estar claro, bem evidente, e ser breve, com o emprego de poucas palavras. Um título como “Ações pedagógicas nas escolas municipais na modalidade EJA nos bairros de periferia do município de Gravataí entre 2001 e 2007 no que se refere à propagação da dengue” parece demasiado longo, passando a idéia de pouca concisão. Outro erro seria a utilização de um vocabulário tão restrito a determinado público a ponto de dificultar uma antecipação do foco da pesquisa. O que você esperaria de uma apresentação cujo título seja “Psicologia Topológica em Rutenatos”? Seriam “rutenatos” uma espécie de ratazanas egípcias? As ratazanas estariam sendo utilizadas em tratamentos psicológicos? E o qual a relação, afinal, encontrada entre a psicologia e a topologia, uma disciplina matemática?

Tendo entendido a importância de um bom título, passemos para uma seguinte questão importante na apresentação oral. Em alguns casos é importante destacar a situação geográfica, ou seja, a localização do espaço onde foi desenvolvido o trabalho de pesquisa. Uma das formas mais simples é a utilização de um mapa, dirimindo qualquer dúvida que possa existir quanto à situação geográfica.

Igualmente importante é não esquecer de colocar no slide inicial os nomes dos colaboradores do seu trabalho. Não se faz necessário ler seus nomes, mas o destaque é, no mínimo, um reconhecimento ao auxílio recebido. Em resumo, a introdução de sua apresentação deve trazer o título, o espaço geográfico e os colaboradores, sem esquecer seu próprio nome, assim como o nome da instituição de ensino, no caso, a UFRGS.

Em seguida, vem a motivação para a pesquisa, ou seja, o motivo para a escolha do assunto que será apresentado. É aqui que você tem uma primeira oportunidade real de conquistar a audiência para a sua apresentação. Torne sua motivação atraente aos demais, o que pode ser feito através de uma frase ou imagem provocadoras. Você já estará induzindo uma intervenção posterior do público ou banca.

O terceiro ponto de uma apresentação é o marco teórico, ou seja, qual é o escopo dentro do qual se encontra o assunto do qual se está a tratar. Para isso recorre-se à bibliografia que referenda seu trabalho, evitando uma lista longa demais de referências. O ideal seria destacar um teórico, dentre os nomes apresentados, trazendo sua fotografia, a imagem da capa de uma importante publicação sua e, o que soa muito apropriado, a reprodução de uma determinada página de destaque, o que confere uma certa atmosfera “histórica” ao slide. Não é indispensável, mas o slide seguinte pode trazer uma citação deste autor e de mais algum, dentre os teóricos citados.

Todos os dados utilizados precisam vir com a fonte. Por exemplo, ao utilizar um dado do IBGE, é imprescindível acompanhá-lo do nome do Instituto, assim como o ano em que foi gerado aquele determinado índice utilizado em sua apresentação. Se os dados são da autoria do próprio aluno, este pode indicar expressamente seu nome na fonte. Se os dados estiverem acompanhados de gráficos, utilize um slide para cada gráfico, não esquecendo de deixar claro o significado de cada eixo do mesmo.

Neste ponto a apresentação está em pleno andamento. Chegou a hora de apresentar um texto seu, mas cuide para que este não tenha muitas linhas. Motivo: as pessoas deixarão de ouvi-lo para ler seu texto. Assim, segundo o professor Iglesias, o ideal é manter entre seis e doze linhas em cada slide. Isso também permite que em um mesmo slide seja inserida alguma imagem sem detrimento da qualidade de visualização e leitura das idéias. E não use caracteres pequenos demais; o ideal é que todos possam ler perfeitamente o que está escrito de qualquer ponto da sala.

Além de uma imagem fixa, também é possível utilizar um vídeo na apresentação, sempre cuidando para que o mesmo seja relevante e que não tome o tempo que se deve reservar para a fala e a apresentação dos slides.

Outro detalhe a observar são as animações de slides: evite aqueles sons incidentais, os quais soam cada vez que o aluno chama um novo campo de texto ou imagem em sua apresentação. Quanto as setas, textos e traços que porventura ganhem movimentos, zele para que não sejam demasiado lentos, de forma que as pessoas – e o apresentador – precisem aguardar que o Power Point organize os elementos na tela. Acredito que aqui também vale a máxima “menos é mais”, o que valoriza a simplicidade. O que os presentes querem ver é o resultado de sua pesquisa, não seu conhecimento das funcionalidades do software.

Lembrando que a apresentação dura um determinado tempo, digamos cerca de dez minutos, é extremamente importante não de deter na introdução em demasiado. Afinal, você desejar compartilhar suas conclusões, não é mesmo? Por isso, não dispense os ensaios para a apresentação, solicitando que amigos ou familiares assistam, tanto para ajudá-lo com o tempo no relógio quanto para indicar os pontos positivos e negativos de sua fala e de seus slides. Ao ouvir uma listagem de pontos a melhorar, não se magoe. Use estas opiniões para se realimentar, melhorando a forma de apresentar-se.

Desde já, vamos antecipar alguns equívocos conhecidos. O primeiro é a impressão de que o aluno não vai chegar à conclusão de sua apresentação até o final de seu tempo, posto que ele detém-se em um determinado slide por um período que deveria ser utilizado também para os posteriores. Corre-se o risco de que os slides finais sejam mostrados quase como flashes fotográficos, comprometendo a qualidade da apresentação oral como um todo.

Um segundo equívoco é aquele cometido pelo aluno que, ciente do tempo exíguo, fala como uma “metralhadora”, ou seja, rápido demais. E o que ocorre ao falarmos de forma acelerada? Não damos ênfase a ponto algum de nosso trabalho, além do que dificultamos o entendimento de nossa pesquisa e conclusão. Se uma apresentação transcorre sem destaque, sem ênfase, intui-se que tudo é igual, que tudo tem a mesma relevância, geralmente baixa. A apresentação tem que criar “um clima”, precisa ter algo de teatro – não confundir com fazer graça – trazendo deste o ritmo que lhe é característico, com expectativa voltada para o que está por vir em função dos dados bem colocados.

Também é interessante apontar, literalmente, para o que se deseja destacar no slide. Isso pode ser feito com uma caneta laser ou apontador (semelhante a uma antena ou régua), algo que evite o aluno de usar seu braço em frente do slide, projetando sombras e, a bem da verdade, comprometendo a visualização do mesmo.

E o fechamento? Tem que haver, no mínimo, um slide exclusivo para a conclusão da pesquisa. Neste, deve-se mostrar o seu resultado, seguido de uma última projeção, na qual se pode indicar a continuação do trabalho, ou seja, como o resultado da pesquisa continuará a fazer parte do cotidiano de uma determinada sala de aula, escola ou comunidade.
Espero ter auxiliado, colegas, de algum modo para nosso próximo workshop. Suas dicas e/ou comentários serão muito bem-vindos no espaço abaixo. Sintam-se à vontade para compartilhá-los.


Site do professor José Roberto Iglesias: http://www.if.ufrgs.br/~iglesias/