quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

TCC na Pedagogia presencial

Noite de apresentação dos TCCs de alunos da Pedagogia presencial da UFRGS. Os assuntos foram vários, todos interessantes. Contudo, para efeito de postagem, destacarei dois que mais chamaram minha atenção: formação de limites e doenças do magistério.

A aluna que apresentou seu TCC com o tema da formação dos limites na criança da educação infantil destacou duas categorias:

a) A professora 1, lecionando em escola particular, em uma turma de 8 alunos;
b) A professora 2, lecionando em escola pública da rede municipal de POA, em uma turma de 23 alunos.

Ficou evidente as disparidades na condução de um dia de atividades nas duas turmas retratadas no TCC. Enquanto a professora 1 mostrava-se relutante em permitir aos alunos qualquer experiência de organização cooperativa ao longo das atividades, a professora 2 promovia, justamente, um trabalho que envolvia e solicitava o compromisso de todos. Permito-me especular se não seria a postura adotada pela professora 1 resultado de estar ciente que a aluna que a observava desenvolvia um trabalho sobre limites. Convenhamos: não é fácil para alguns professores separar limites de cerceamento da livre expressão dos alunos. Talvez fosse um viés a pensar, mas o objetivo do TCC não era este.

O segundo trabalho trouxe o professor adoecido em um ambiente doente. A aluna nos trouxe mais informações sobre a Síndrome de Burnout, uma doença resultante do estresse do profissional do magistério, entre outros. Esta síndrome é causada por circunstâncias relativas às atividades profissionais, ocasionando sintomas físicos, comportamentais, afetivos e cognitivos. Inicialmente foi observada em trabalhadores da área da saúde que desempenham uma função assistencial, caracterizada por um estado de atenção intenso e prolongado com pessoas em situação de necessidade e dependência. Com o passar do tempo, pôde ser identificada em outras profissões, entre elas a de professor.

O que leva o professor a desenvolver a síndrome de Burnout? Comprovadamente a indisciplina em sala de aula, as cobranças por resultados positivos apesar da postura avessa dos alunos aos estudos, o assédio moral por parte de colegas, alunos, pais, entre outras causas.

Percebo que nada se faz nas nossas escolas quanto aos problemas de saúde do professor. O que vemos é o profissional tratando de sua doença, mas a retornar para o elemento desencadeador da mesma tão logo se sinta relativamente recuperado. Ou seja, trata-se o paciente mas não se ataca o causador, permitindo-se que este ciclo jamais se encerre.

Referências:

Site Universia Online, Docente. Acessível em<
http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=5750>Acessado em 09 de dezembro de 2009.

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