quarta-feira, 4 de junho de 2008

EU - Paulo Tatit



Quão imenso é o leque da música infantil! Temos à nossa disposição um desfile midiático e acachapante (e nonsense) todos os dias, tanto na tv quanto nas vitrines das lojas, e um trabalho extremamente rico, que chega a comover, pois encanta a alma. Neste segundo grupo, infelizmente sem a mesma divulgação massiva, temos o grupo Roda Cantada e o compositor Paulo Tatit.

A professora Hilda Jaqueline de Fraga reservou uma agradável surpresa para todos os alunos que estiveram no encontro presencial da noite de 3 de junho: a música EU. Num tom de contação de histórias, Paulo Tatit relata-nos parte da história de seus antepassados, chegando até o seu nascimento e, indo além, lembrando as cordas do seu violão, que não vibrariam com "EU" se uma moça não gritasse por causa de uma barata e um rapaz não fosse libertado do grupo de Lampião.


Mas quem é, afinal, Paulo Tatit? O que pensa a respeito do próprio trabalho e da música feita para crianças? Em uma entrevista para o site Midiativa, Paulo conta como entrou para o cenário musical, fala do trabalho dos professores com suas composições, entre outros temas. Clique aqui para acessar a entrevista publicada no site.

E para quem, como eu, ficou curioso para conhecer mais um pouco do trabalho do compositor, o clipe acima é uma amostra da sua criatividade. Mas não nos enganemos: a sua música, embora passe à margem das grandes emissoras de televisão - exceção justa à TV Cultura que a divulga regularmente - esteve presente no Festival de Cannes de 2008. O filme do argentino Pablo Trapero, co-produzido por Walter Salles e com Rodrigo Santoro no elenco traz em sua abertura e trailer “La Bola” - versão em espanhol (por Tita Maya e Claudia Galliria) de “Ora Bolas” (Paulo Tatit e Edith Derdyk). Precisa mais para que apreciemos seu trabalho?

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Lembra do vídeo Balance?



Ok, talvez você nem pense em escutar músicas em francês (o que realmente não entendo, mas...). Contudo, se quiser pode até tirar o som, porém fique atento às imagens até o final... e reflita!

Assim como em Balance, grande vídeo sugerido pelo professor Edson, este nos convida a fazer mais do que apenas olhar para as belas imagens geradas por computação gráfica: a intenção é provocar reflexão e atitude. Dê-se um tempo e veja até o final. Garanto que você não vai se arrepender.

Mas o mais importante: eu o convido a mudar o final por meio do nosso cotidiano.

sábado, 24 de maio de 2008

O Papel da Informática



No site do clube do professor, o educador José Junio Lopes, escreve um excelente artigo sobre a introdução da informática na escola. Segundo o professor Lopes, não mais se questiona a importância da informática nos espaços escolares, mas a forma com que seus recursos são utilizados. A partir da leitura atenta tanto do seu artigo quanto de outros, teço algumas reflexões.

Lançar mão de um computador apenas para apresentar joguinhos a um aluno, sem qualquer critério para a escolha dos mesmos, em nada os diferencia de outros jogos de tabuleiro, cartas, etc. O emprego da informática justifica-se enquanto facilitador tanto de um processo de construção do conhecimento quanto parte do planejamento dos diferentes componentes curriculares. O computador não é apenas uma ferramenta, um recurso a mais para ser utilizado em sala de aula. A bem da verdade, o uso da informática pode modificar toda uma estrutura de reflexão e ação do ser humano. Sua capacidade de pesquisa, aprimoramento pessoal e inferências podem desenvolver-se democrática e sistematicamente, a medida que o educando receber orientações seguras e bastante claras de modo a transformar o computador em um equipamento que vá além de uma central de entretenimento.

Longe de ser uma disciplina dentro do currículo escolar, a informática precisa ser mais um elo que permita a transdisciplinaridade dentro da escola. Enquanto o aluno receber conteúdos em disciplinas egocêntricas e completamente autistas, o uso do computador pode contribuir para uma quebra radical deste paradigma ainda tão presente no fazer pedagógico de nossas escolas. Não é o caso de usar a informática por si mesma, mas como “estratégia cognitiva de aprendizagem”.

Como o acesso à informática precisa ser encarado por todos – pais, professores, alunos e governo – como um direito do educando, faz-se urgente um investimento generoso no que podemos chamar de “alfabetização tecnológica”. Como não se está defendendo cursos de informática dentro das escolas, o computador deveria, isso sim, estar inserido nas rotineiras atividades pedagógicas, como projetos de leitura (pesquisas), expressão artística, desenvolvimento de noções espaciais, cálculos matemáticos, entre outros inúmeros tópicos que poderiam ser aqui listados. “E, nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania.”

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O Ciclo da Água



A água é a única substância que existe, em circunstâncias normais, em todos os três estados da matéria (sólido, líquido e gasoso) na natureza. A coexistência destes três estados implica que existam transferências contínuas de água de um estado para outro; esta sequência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera é designado por ciclo hidrológico.

Fonte: Wikipedia

Fotossíntese / Ciclo do Oxigênio



Entende-se por Ciclo do oxigênio o movimento do oxigênio entre os seus três reservatórios principais: a atmosfera (os gases que rodeiam a superfície da terra), a biosfera (os organismos vivos e o seu ambiente próximo) e a litosfera (a parte sólida exterior da terra).

Este ciclo é mantido por processos geológicos, físicos, hidrológicos e biológicos, que movem diferentes elementos de um depósito a outro. O oxigênio molecular (O2) compõe cerca de 20% da atmosfera terrestre. Este oxigênio satisfaz as necessidades de todos os organismos terrestres que o respiram no seu metabolismo.

O principal factor na produção de oxigênio é a fotossíntese, que regula a relação gás carbônico/gás oxigênio na atmosfera.

O oxigênio é o elemento mais abundante em massa na crosta terrestre e nos oceanos e o segundo na atmosfera.

Fonte: Wikipedia

Ciclo do Nitrogênio



O ciclo do nitrogênio ou ciclo do azoto é o ciclo biogeoquímico que comporta as diversas transformações que este elemento sofre no seu ciclo entre o reino mineral e os seres vivos.

O processo pelo qual o nitrogênio ou azoto circula através das plantas e do solo pela acção de organismos vivos é conhecido como ciclo do nitrogênio ou ciclo do azoto. O ciclo do nitrogênio é um dos ciclos mais importantes nos ecossistemas terrestres. O nitrogênio é usado pelos seres vivos para a produção de moléculas complexas necessárias ao seu desenvolvimento tais como aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos.

O principal repositório de nitrogênio é a atmosfera (78% desta é composta por nitrogênio) onde se encontra sob a forma de gás (N2). Outros repositórios consistem em matéria orgânica nos solos e oceanos. Apesar de extremamente abundante na atmosfera o nitrogênio é frequentemente o nutriente limitante do crescimento das plantas. Isto acontece porque as plantas apenas conseguem usar o nitrogênio sob duas formas sólidas: íon de amônio (NH4+) e ion de nitrato (NO3-), cuja existência não é tão abundante. Estes compostos são obtidos através de vários processos tais como a fixação e nitrificação. A maioria das plantas obtém o nitrogênio necessário ao seu crescimento através do nitrato, uma vez que o íon de amônio lhes é tóxico em grandes concentrações. Os animais recebem o nitrogênio que necessitam através das plantas e de outra matéria orgânica, tal como outros animais (vivos ou mortos).

Fonte: Wikipedia

O Ciclo do Carbono



O Carbono (C) é o quarto elemento mais abundante no Universo, depois do Hidrogénio (H), Hélio (He) e o Oxigénio (O), e é o pilar da vida como a conhecemos.

Existem basicamente duas formas de carbono: uma orgânica, presente nos organismos vivos e mortos, não decompostos, e outra inorgânica, presente nas rochas.

No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos, da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímico. Este ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo “lento” ou geológico, e o ciclo “rápido” ou biológico.

Fonte: Wikipedia

O Ciclo do Fósforo



Encontra-se na sua maior parte nas rochas e se dissolve com a água da chuva, sendo levado até os rios e mares. Boa parte do fósforo de que precisamos são ingeridos quando nos alimentamos de peixe. Nossos ossos armazenam cerca de 750 g de fósforo sob a forma de fosfato de cálcio. A falta de fósforo provoca o raquitismo nas crianças e nos adultos tornando seus ossos quebradiços.

Com a morte das plantas e animais este fósforo retorna ao solo e é absorvido por novas plantas. Nas rochas fosfálicas é retirado o fosfato, usado em fertilizantes e na fabricação de detergentes. O uso doméstico destes detergentes é a maior causa da poluição dos rios pelo fósforo. Mesmo a água tratada de esgotos, que volta aos rios, pode ainda conter fosfatos.

Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Paciência



Colegas, minha resposta a tudo o que tenho lido a respeito de possíveis desistências por parte de alguns compartilho em forma de música.

Convido a cada um que ouça a letra desta belíssima composição; realmente dê atenção aos versos, pois a vida é extremamente rara.

Eu sei que a vida não pára, mas ela é tão rara!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A arte de fazer perguntas




Os alunos de vocês são curiosos? Vocês costumam desafiar seus alunos a fazerem perguntas? Ouvem cuidadosa e atentamente as perguntas que eles fazem? Buscam trabalhar em cima dessas perguntas? Percebem a originalidade da construção das perguntas? Percebem que os alunos, ao perguntarem, evidenciam a forma com que eles compreendem o mundo? E vocês são curiosos? Costumam se fazer perguntas ou fazer perguntas aos outros? Quando percebem situações para as quais não têm respostas vocês se sentem desafiados a buscá-las?


A provocação da interdisciplina é evidente: com que freqüência motivamos nossos alunos a compartilhar suas dúvidas por meio de questionamentos? Nossa metodologia estimula a curiosidade dos educandos ou costuma podar qualquer iniciativa neste sentido?


O aluno da EJA, meu público-alvo, é sempre uma incógnita: teria, com os anos que se passaram à margem da Escola, se condicionado a uma postura passiva perante o professor? Sentir-se-ía este aluno constrangido em manifestar dúvidas, com receio de ser confundido com uma pessoa ignorante?


Incrível, ainda que absurdo, mas percebo que certos alunos (e mestres) creditam à ausência de perguntas uma atmosfera de certezas e de total compreensão de um determinado tema. Ainda que esta possa ser uma verdade, aferir conhecimento pelo silenciar das manifestações curiosas é um método questionável. Tanto para alguns pequenos quanto para os maiores, perguntar pode ser sinal de "lentidão mental", sendo que até um termo já foi cunhado por eles que se aplica àquele que insiste em perguntar em sala de aula: lesado!


O "lesado" seria o colega que, em lugar de deixar o professor dar sua aula, para a "matéria andar mais rápido", fica trazendo perguntas e mais perguntas. Como conseqüência, o professor sairia da superficialidade do assunto e estenderia para os demais alunos os questionamentos trazidos pelo colega curioso e desejoso do saber, fazendo-os trabalhar. Não é exatamente o tipo de atmosfera cooperativa que deseja um aluno (ou professor) que prefere uma educação bancária, na qual alguém detém o conhecimento, sendo que os demais, apenas o receberiam passivamente.


A Língua Inglesa, o componente curricular com o qual trabalho, por si só guarda elementos que são um caldo de cultura para perguntas:


a) As letras das músicas que os alunos ouvem;


b) Certas expressões enfatizadas (repetidas) nos filmes que assistem;


c) As camisetas que usam, as quais trazem inúmeras expressões em língua estrangeira;


d) As marcas com as quais eles se identificam;


e) Títulos de programas e filmes, nomes de bandas e produtos, etc.


Desprezar que existe todo um universo a nosso redor que pode ser explorado em sala de aula e que estimulará a formulação de perguntas, seria sepultar o ensino da Língua Inglesa, repetindo ad infinitum o verbo To Be, assim como frases sem sentido para os alunos. Ainda que verbo algum possa ser dispensado, a formulação de orações em língua estrangeira mostra-se, para eles, divertida e instigante, quando tudo é usado para comunicar alguma idéia que seja deles, não somente do professor ou dos livros didáticos.


Não é por outro motivo que os alunos novos perguntam todo o início de ano letivo:


1) Como é que eu digo "eu gosto de ti" em inglês para minha namorada?


2) Quero mandar esta letra de música para meu namorado. A letra é romântica?


3) O que quer dizer a marca do meu tênis?


4) O que está escrito na minha camiseta?


E quando eles começam a perceber que o cotidiano está repleto de expressões estrangeiras, questionam:


1) O que significam as palavras mouse, pen drive e software? O que quer dizer site, internet e e-mail? (alunos que começam a trabalhar com computadores na escola);


2) Qual o significado das siglas CD, DVD, e o que quer dizer nos controles as palavras play, stop, replay, skip, etc? (alunos que percebem palavras em inglês nos eletrônicos que têm em casa);


3) O que é um produto light? E diet?


4) Qual o sentido de Big Mac, fast-food, Mac Chicken?


5) O que signfica shopping center, 100% oof, sale e os nomes de tantas lojas do shopping?


A curiosidade é tamanha que esta lista torna-se infindável. Um professor que não souber usar desta curiosidade como ferramenta de aprendizado, pensará que tantos questionamentos atrasarão seu conteúdo, esquecendo que são os alunos que estão indicando o que deveria fazer parte do programa do professor, de modo que este use tais tópicos como pano de fundo para regras gramaticais, estudo do vocabulário e a formação de orações.


Através da qualidade das perguntas dos alunos, um professor pode perceber o quão desejosos estão para construir o seu conhecimento de língua inglesa e de qualquer outro componente curricular. Não atentar para o fato é decretar um verdadeiro autismo metodológico e pedagógico em sua sala de aula.

domingo, 11 de maio de 2008

A música e o tempo



Em uma atividade da interdisciplina de Estudos Sociais, somos convidados a postar em nosso portfólio músicas e poemas sobre o tempo, destacando em que aspectos elas nos fazem pensar... Meus comentários pessoais seguem ao final de cada letra.

Não Tenho Tempo - Zeca Baleiro

Eu não tenho tempo
Eu não sei voar
Dias passam como nuvens
Em rancas nuvens
Eu não vou passar
Eu não tenho medo
Eu não tenho tempo
Eu não sei voar
Eu tenho um sapato
Eu tenho um sapato branco
Eu tenho um cavalo
Eu tenho um cavalo branco
E um riso, um riso amarelo
Eu não tenho medo
Eu não tenho tempo
De me ouvir cantar
Eu não tenho medo
Eu não tenho tempo
De me ver chorar (2x)
Eu não tenho medo
Eu não tenho tempo
E eu não sei voar


Zeca Baleiro canta o cotidano de um cidadão apressado, abraçado a um frenessi de compromissos aparentemente inadiáveis. Um cidadão que sequer pode permitir-se sorrir, interagir, pois afirma não ter tempo sequer de ver-se chorar quando, por fim, entende que não sabe tirar os pés do chão que o condiciona.

RadioCoca - Tempo

Sinto falta daqueles dias, Que o tempo levou embora.
Aqueles dias de verão... Os momentos inesquecíveis ficaram na memória.
Todos aqueles sentimentos que consumiram nossas mentes e invadiram nossos sonhos...
Viva apenas o presente; deixe o passado para trás. As coisas que magoaram já não importam mais. Seu futuro só depende, só depende de você.
Sinto falta daqueles dias quando tudo dava certo. Meus sonhos acabaram no instante que você me deixou. Por mais que eu tente esquecer a dor de uma decepção, só consigo pensar em alguém E esse alguém é você...

Essa composição é um flagrante de saudosismo, quando o autor olha para o passado e acredita que tudo já foi melhor. Contudo, na mesma letra ele convida o ouvite a abandonar o passado, instigando-nos a viver apenas o presente. De qualquer modo, para o autor, seus sonhos, ou seja, seus objetivos foram todos sepultados com a dor de uma decepção, de uma partida de alguém, visto que ele não tem qualquer sucesso em continuar sua caminhada sem aquele (a) que amou. Uma letra cheia de contradições, bem fruto de nosso... tempo!

Tempo Perdido - Legião Urbana
Composição: Renato Russo
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem! Selvagem!...
Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhosCastanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!...

A música da Legião Urbana levou milhares de jovens dos anos 80 (eu inclusive) aos estádios, teatros e ginásios para suas inesquecíveis apresentações. Hoje, mais de 20 anos tendo se passado, percebo que algumas músicas soam datadas - o tempo passou e não perdoou tais canções. Entretanto, grande maioria das músicas compostas por Renato Russo permanecem atuais, ainda tocando em nossos corações de forma profunda e arrebatadora. Não raro fãs se emocionam quando escutam Tempo Perdido - uma letra que nos faz acreditar ser possível construir nossa própria trajetória, e que todo o tempo empregado na realização de nossos sonhos não foi tempo perdido, ainda que estes porventura não se realizem.

Pedagogia da Autonomia



Paulo Freire afirma que ensinar é criar possibilidades para a construção do conhecimento. Sob a ótica de Freire, o professor é mediador, não aquele que transmite o que conhece aos seus alunos.

Ao trabalhar com o componente curricular de Língua Estrangeira, percebo que os alunos somente aprendem a usá-la ao passo que podem experimentá-la em situações relacionáveis com seu dia-a-dia. Qualquer insistência que não corrobore uma adequação ao cotidiano do educando - suas músicas, os produtos que conhecem, os objetos que lhes são familiares - estará fadada ao tédio e à decoreba pura e vazia.

Este parágrafo acima faz-me pensar acerca do que Paulo Freire diz sobre a impossibilidade de nos tornarmos seres finitos, que não necessitem de lapidação, o que ele chama de acabamento (página 23). Imprescindível crer que somos eternamente seres em processo de acabamento, pois em lugar de nos entristecer, essa impossibilidade de se chegar a um ponto final de nossa construção do conhecimento arremessa-nos sempre para frente, de forma que reflitamos sobre antigas certezas, as quais percebemos serem frágeis à medida que nos aprofundamos em pesquisa e experimentação. Partimos do que nos é familiar rumo ao novo e que desperta nossa sede de conhecer.

Aquele que almeja tornar-se sujeito da História não pode prescindir do desejo do saber. Desejar o saber e criar situações de aprendizagem é responsabilidade tanto do indivíduo quanto da coletividade. Contudo, é improvável a elaboração de novas sinapses do conhecimento sem que o indivíduo para tal se motive.

Acredito que ao professor caiba o cultivo da curiosidade natural dos seres humanos, incluindo aqui diretamente seus alunos em minha reflexão. É a partir da curiosidade destes que o educador pode transformá-la em motivação para o aprendizado. Freire afirma que quem castra a curiosidade do educando não forma, mas domestica.

Em meu webfólio postei maiores reflexões a respeito da obra de Freire - Pedagogia da Autonomia.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Linha do tempo





A fim de introduzir o trabalho com a linha do tempo junto a meus alunos de EJA, partimos de uma discussão a respeito das tarefas cotidianas. Não foi desprezada nenhuma etapa do dia-a-dia de cada um, sendo considerado para fins do trabalho momentos como a hora de sair da cama ou que tomam o ônibus para o trabalho. Foi uma oportunidade para trabalhar tanto um vocabulário ainda novo para eles de língua estrangeira quanto para dialogar quanto à importância de uma boa alimentação ou da valorização de todas as atividades rotireinas.

Sob o título "My Daily Life", cada aluno preencheu uma linha do tempo do seu cotidiano. As minhas descobertas acerca dos alunos para os quais leciono a partir deste trabalho aparentemente simples foram tantas, que se faz necessário listá-las uma a uma, analisando-as em conjunto logo em seguida.

1. Percebi uma grande reserva em falar do seu cotidiano tanto mais humilde o aluno;
2. O constrangimento é maior entre os desempregados;
3. Tarefas não assalariadas foram valorizadas apenas a partir da intervenção do professor;
4. Os alunos que indicaram um horário posterior às 9 horas da manhã como o momento de sair da cama foram cobrados por parte daqueles que despertam tão logo o dia amanhece;
5. As mulheres notadamente têm um cotidiano com mais tarefas, quando comparei as linhas de tempo dos diferentes grupos (masculino e feminino);
6. Apenas as mulheres incluíram em suas linhas do cotidiano tarefas como limpeza da casa, buscar filhos em creches ou fazer compras;
7. Percebi a ausência de tarefas domésticas nas linhas do alunos adolescentes que não trabalham.


Analisando, mesmo que rapidamente os sete tópicos acima, percebe-se uma flagrante baixa auto-estima entre um expressivo número de alunos. Obviamente, a questão que mais contribui para tanto se dá pela ausência de colocação no mercado de trabalho. Estar à margem de uma sociedade economicamente ativa por vários deles é encarado como motivo de vergonha, como sinal de fracasso, em lugar de razão para buscar aprimoramento nos bancos escolares.

Ao final do trabalho, quando houve tempo para um segundo debate, notei que as mulheres falavam mais e com melhor argumentação acerca de seus cotidianos. Antes de receberem a folha própria para a tarefa, estas mesmas mulheres alegaram que não teriam quase coisa alguma a preencher, não considerando suas tarefas dignas de nota. Refletir sobre o cotidiano parece ter resgatado nessas alunas uma visão mais clara de seu papel dentro da família.

Os adolescentes por pouco não viraram motivo de chacota do grupo de alunos maiores de idade. Estes, ao perceberem que os menores apenas destacavam a hora das refeições e do lazer, além de um horário tardio para despertar, cobraram uma mudança de postura cotidiana.
Na noite seguinte, esta mesma turma foi convidada a fazer sua linha da vida, considerando os fatos mais marcantes de sua trajetória. Todos tiveram a oportunidade de socializar sua história para os demais colegas. Duas alunas emocionaram-se ao indicar fatos como perdas de entes queridos ou mudança de local de moradia contra sua vontade, ao passo que uma terceira destacou o retorno aos estudos como um grande marco em sua caminhada.
Tanto a primeira tarefa proposta aos alunos quanto a segunda mostraram o quão importante é conhecermos e refletirmos sobre nossa caminhada pessoal e acerca de nossas escolhas, pois somente assim podemos pensar a respeito do presente de forma a desenhar futuros plausíveis.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Tempo e Espaço


Para a proposta de atividade sobre tempo e espaço pensada na interdisciplina de Estudos Sociais, ao contrário do que geralmente ocorre, decidi fazê-la com meus próprios alunos de EJA, no componente curricular de Língua Inglesa. Será uma oportunidade dos alunos pensarem acerca de seu cotidiano e de ampliar seu vocabulário com o tema proposto. 

Para tanto, cada aluno recebrá a folha acima. Nela, indicarão abaixo da linha horizontal nove horários diferentes (podem incluir mais) e, acima destas, nove atividades correspondentes, uma para cada cada horário. Todos os termos que constem desta linha do tempo deverão obrigatoriamente estar escritos em Inglês, sendo que os mesmos serão trabalhados a medida que os alunos sentirem dificuldade em traduzí-los a partir do Português. Importante: os alunos já sabem vários termos relativos ao cotidiano, o que lhes permitirá fazer praticamente sem o auxílio do professor toda a linha proposta. Minha intervenção será maior no sentido de pensarmos sobre nossos cotidianos, a respeito de como o estamos aproveitando.

Em uma etapa seguinte, mas não no mesmo dia, os alunos trabalharão com uma linha de tempo que inicia em seu nascimento, destacando os fatos mais relevantes de sua vida. Certamente será uma atividade de intensa introspecção, principalmente por se tratar de alunos adultos, permitindo a cada um rever o que já fez e, principalmente, traçar planos para curto, médio e longo prazos.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Olhando Nosso Entorno



Numa proposta de reflexão da interdisciplina de Ciências Naturais, todos os alunos do PEAD foram provocados a escrever sobre suas interferências no meio ambiente. Sendo este um tema que me motiva a fazê-lo, perceber a participação intensa dos colegas no fórum criado para tal foi bastante satisfatório. (Postagem da maior parte deste texto foi feita no webfólio)

O vídeo BALANCE, vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 1990, - clique aqui para assistir - indicado no módulo 2, retrata o quão frágil é o equilíbrio em nosso Planeta e como cada ser humano faz a diferença para um cotidiano sustentável.
BALANCE é um curta-metragem de 1989, vencedor do Oscar de melhor curta de animação. O vídeo foi produzido na antiga Alemanha Ocidental, ou seja, quando o Muro de Berlin ainda era uma realidade entre nós. Nota-se um viés crítico ao cotidiano e a atual falta de harmonia entre os habitantes de nosso Planeta.

Podemos fazer uma analogia entre o título do curta e o recurso de balanço de qualquer aparelho de som com este controle, o qual divide as notas musicais entre os canais direito e esquerdo. Quando o balanço encontra-se demasiado para a esquerda, menos som é percebido pelo canal contrário, e vice-versa. Uma perfeita harmonia entre os dois canais só é obtida quando o controle de balanço não privilegia nenhum do canais em especial. Da mesma forma, sempre que um determinado indivíduo ou grupo destes não tem direito aos mesmos privilégios de um indivíduo ou grupo distinto, ocorre uma ruptura nesta harmonia, ocasionando as cotidianas diferenças gritantes tanto entre nações quanto classes sociais de uma mesma localidade.

1) Escreva sobre a relação entre a ocupação do espaço pelos habitantes daquele universo e o equilíbrio do mesmo.

O vídeo basicamente explora, de maneira incrivelmente didática, a importância da cooperação para que exista um equilíbrio no conjunto. É justamente quando algum indivíduo, no vídeo, cede à sua curiosidade e deixa de cooperar que o desequilíbrio ocorre, comprometendo de forma fatal para a segurança de todos. À medida que os habitantes daquele universo plano ocupavam espaços de maneira irresponsável, toda a harmonia do ambiente sofria diretamente um desequilíbrio, colocando em risco a segurança de cada indivíduo. Enquanto no início do filme o foco de cada habitante estava voltado para o equilíbrio de seu mundo plano, conforme estes cedem ao desejo de descobrir o que se esconde no interior de uma caixa, sem qualquer cooperação para tanto, ao final podemos observá-los em inúmeras tentativas individuais e infrutíferas de salvar suas próprias vidas. A vida no universo plano só seria possível com uma ocupação ordenada, democrática e cooperativa dos espaços.

2) Como ações individuais podem alterar o equilíbrio de um sistema?

Se eu e você entendêssemos a Terra como um corpo vivo, os seus habitantes humanos seriam divididos em dois grupos: um primeiro que destrói e um segundo que tenta recuperar o que o primeiro causou ao organismo que todos habitam.

As pessoas do segundo grupo já foram chamadas de “biodesagradáveis”, pela insistência com que tratam um tema que a cada dia torna-se mais urgente: estamos consumindo à exaustão os recursos de único planeta conhecido capaz de sustentar a vida humana.

Pensando no foco do questionamento proposto acima, as ações individuais nos lembram que somos todos responsáveis pelo cotidiano de desequilíbrio ambiental com o qual tentamos conviver. Um exemplo do quanto somos parte do problema e, ao mesmo tempo, da solução, é o rodízio de automóveis adotado em São Paulo, pensado igualmente para a capital gaúcha. Cada automóvel que circula nas avenidas de uma cidade faz diferença no cômputo final tanto dos congestionamentos de tráfego quanto na qualidade do ar que respiramos. O indivíduo que tem como destino para os restos de alimentos uma composteira, ou aquele que separa o lixo antes de depositá-lo em frente de sua residência, estão promovendo uma máxima de Gandhi, que dizia: “Devemos ser a mudança que queremos para o mundo.” Os restos que foram para a composteira, para ficar só neste exemplo, poupam o aterro sanitário e dispensa o proprietário da mesma de comprar adubo químico para os seus canteiros de flores e hortaliças. Uma pequena mudança que poupou o solo de produtos químicos e promove uma alimentação mais saudável. Uma atitude simples que promove mudança em um cotidiano que urge pelo resgate de uma vida mais simples e ecologicamente responsável.

3) Relacione a proposta do filme com o DESEQUILÍBRIO AMBIENTAL.

O desequilíbrio ambiental ocorre quando os fatores bióticos e abióticos sofrem uma desarmonia em suas inter-relações. Por exemplo, quando as ações do homem interferem de tal modo na qualidade da água dos mananciais, a ponto de um rio ser considerado morto, diz-se que as relações desarmoniosas e irresponsáveis do homem para com seu meio causaram um desequilíbrio ambiental. No curta “Balance” esta ação irresponsável é representada pela curiosidade desmedida, que impera em detrimento da segurança de todos e do equilíbrio do universo que habitam, causando a ruptura da harmonia cotidiana, resultando na morte dos indivíduos que antes viviam sem maiores contratempos.

O filme propõe uma tomada de atitude individual em prol da coletividade, de tal forma que nossas ações visem à cooperação, pela manutenção das condições adequadas para a vida na Terra.

Ainda nos parece ser possível reverter as ações predatórias da raça humana na Terra, mas este precisa ser entendido como um compromisso de todos, não somente dos governos ou de um grupo de indivíduos. Cada um de nós interfere no ambiente de maneira danosa, nos atos mais rotineiros do dia-a-dia.

Reflita: Ainda que não joguemos papel no chão, que levemos nossa garrafinha de água mineral vazia consigo até a próxima lixeira e outras atitudes próprias de um cidadão bem educado, já pensamos no impacto que os inúmeros produtos químicos utilizados na limpeza de nossas residências causam no destino final destas substâncias?

Por vezes tenho a impressão que somos, das criações divinas, a única que não saiu conforme os planos dEle. Ainda numa perspectiva creacionista, penso que interpretamos mal a ordem para "dominarmos" o mundo. Conjugamos o verbo com outros de forma irresponsável: dominar com tiranizar; dominar com devastar, ...

Como educadores, devemos exercer o papel de promotores de um cotidiano menos danoso, buscando uma integração gradativamente maior com o meio do qual somos parte - não senhores.

Como habitantes do Planeta, é indispensável recordarmos que cada pequena ação nossa faz a diferença no todo. Tal qual o mote "pense globalmente, aja localmente", apontar o olhar para o nosso entorno nos distancia das utopias.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Video sobre campo aditivo





Colegas, este vídeo também está na biblioteca do Rooda. Faz parte da edição online da revista de maio de 2007. Bom proveito e bons estudos!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Negativo não?



Talvez seja um tabu: números menores que zero nos anos iniciais do ensino fundamental não existem! Lembro que uma professora, quando eu ainda era aluno de 4ª série, que nos convidava a criarmos nossos própiros problemas matemáticos e a apresentar a solução. Ainda que a professora fosse uma progressista para a época, por volta de 1977, não aceitava se apresentássemos qualquer proposta cuja resposta fosse um número negativo. Lembro que ela dizia que "aquele número não poderia aparecer" em nossos problemas. Estranho isso, quase anacrônico, pois praticamente qualquer criança já ouviu algum de seus responsáveis comentar que está devendo ou que o saldo está negativo. Talvez ainda não entenda o que significa, mas não seria este o momento de trabalharmos uma educação financeira com nossos alunos?

Na história de matemática, encontraremos matemáticos europeus nos séculos XVI e XVII que não aceitavam os números negativos como resposta, considerando-os errados ou impossíveis quando apareciam em seus próprios cálculos. Os números já foram chamados de "números absurdos" e "números fictícios", até o século XVIII, "quando foi descoberta uma interpretação geométrica dos números positivos e negativos como sendo segmentos de direções opostas."

Nas salas de aula, toda a criança acha fácil calcular 2 + 3 usando seus dedos.
Mas como calcular 2 - 3 ? 

De acordo com a revista Nova Escola de Junho de 2000, a professoraLeda Maria Bastoni Talavera, do Colégio Campos Salles, de São Paulo, utiliza para tanto uma régua operatória, a qual constrói com seus alunos.

Feita de cartolina, ela é formada por duas retas numéricas que vão do —9 ao 9 e se movem para a direita e para a esquerda, permitindo resolver somas e subtrações. "Movimentando as escalas, o estudante compreende cada passo da operação e chega mais facilmente ao resultado", explica Leda.

A régua, construída pelos próprios alunos, é utilizada apenas nas duas primeiras aulas em que o assunto é abordado. "Depois que eles entendem o raciocínio acabam deixando o material de lado e fazem, sem dificuldade, até as contas com valores maiores."

Para a professora Ruth Ribas Itacarambi, membro do Centro de Aperfeiçoamento do Ensino da Matemática, da Universidade de São Paulo, a régua operatória é uma ferramenta interessante por permitir a aprendizagem sem lápis nem caderno. "Quando manipula as lâminas, o jovem vê os componentes do cálculo de maneira concreta, prática sugerida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais", afirma. (Nova Escola)

A imagem acima mostra a régua criada pela professora.







quarta-feira, 9 de abril de 2008

Reflexão Sobre a Síntese

Interdisciplina: Seminário Integrador IV
Professor: Silvestre Novak
Aluno: PAULO ASSIS COSTA MEDEIROS
Data: 03 de abril de 2008 (Data original da postagem no wefólio)
Atividade: Reflexão Defesa da Síntese


Durante muito tempo acreditou-se - e há quem ainda o creia - que a aprendizagem estava intimamente ligada à memorização, em detrimento da construção de conceitos a partir de leitura de mundo, pesquisas e reflexão. Os alunos eram condicionados a responder extensos questionários, devolvendo os conteúdos ao longo de vários exercícios em provas escritas. Concluída a prova escrita, restava aguardar uma nota dada pelo professor a partir da capacidade do aluno em repetir o que retera previamente.

Em um processo de memorização, resta ao aluno incorporar conceitos pré-construídos, ao mesmo tempo que o professor limita-se a transmitir o que se encontra nos livros didáticos, ou seja, falar a respeito de conhecimentos elaborados e registrados de antemão.

A proposta de síntese de aprendizagens e a forma de sua apresentação não simplesmente rompe paradigmas, mas provoca desacomodação no processo de aprendizagem pessoal. Ao desestimular a memorização de dados, a síntese privilegia capacitar o aluno do PEAD com uma linguagem científica e cultural a partir de suas experiências teóricas e práticas. Diferente de uma prova escrita voltada para a aferição da capacidade de retenção de informações, a síntese só é possível a partir de relações estabelecidas pelo aluno com o meio social, cultural e físico, ou seja, seu entorno.

A construção e posterior defesa da síntese causaram desconforto inicial posto que rompia com diversos fatores, entre eles:
a) expansão de conceitos reducionistas, consequência de uma prática de ensino não adotada no PEAD;
b) valorização das concepções e práticas pessoais atrelado ao conhecimento teórico;
c) inexistência de exercícios repetitivos que visassem a memorização;
d) necessidade de leitura e pesquisa, aprofundadas em reflexões de cunho social, histórico e cultural.

Obviamente que a ausência de uma receita, um modelo a seguir, acaba por provocar tanto uma certa insegurança quanto motiva para o desenho de uma paisagem de conceitos, construída a partir da interação com todos os que caminham no PEAD. Todos os alunos estão em iguais condições de produzir as sínteses quando o semestre se aproxima do final, mas é a qualidade da caminhada que emprestará qualidade ao que é postado. Dificuldades com tecnologias surgem ao longo do processo, provocando inclusive protestos por parte de alguns. Entretanto, o aprendizado igualmente reside tanto na capacidade de manter o foco nos objetivos pessoais e das interdisciplinas quanto na constância do acesso ao Rooda e a todas as áreas de apoio disponíveis.

Responsabilizar ambientes virtuais por alguma suposta impossibilidade de dar continuidade aos trabalhos, além de postura irresponsável, demonstra despreparo e imaturidade para os novos tempos, os quais exigem educadores capazes de buscar nos recursos à mão ferramentas que os auxiliem a modificar suas certezas e atitudes docentes.

A formação docente não pode mais ser encarada como simples domínio de conteúdos e metodologia, assumindo a síntese papel de disparadora de um processo reflexivo, a partir das dúvidas que porventura surgissem no concatenar das idéias previamente pensadas.

A dúvida maior - deseja a síntese que cada aluno "devolva" tudo o que aprendeu nas interdisciplinas? - residiu no pensamento nos primeiros instantes, dando lugar à análise, observação, discussão e conclusão na medida em que se compreende ser este um momento de avaliação qualitativa, assim como de novas aprendizagens.